Volume 63, Número 5Setembro/Outubro de 2012

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uhammad Iqbal nasceu dia 9 de novembro de 1877 na cidade de Sialkot em Punjab, em uma Índia governada por britânicos. Seu pai era um alfaiate muçulmano devoto e sua mãe era uma mulher generosa que de forma discreta ajudava financeiramente os pobres e mediava disputas entre os vizinhos. A casa deles, situada em uma alameda de fabricantes de pulseiras, estava sempre repleta de parentes. Muhammad era uma criança feliz que desde cedo sabia recitar o Alcorão de cor. Quando ele tinha quatro anos, uma professora e reformista social, impressionada com a inteligência do menino, convenceu seu pai a matriculá-lo na escola missionária escocesa do local.

Muhammad Iqbal foi um poeta e filósofo que vislumbrou uma pátria para os muçulmanos da Índia e acabou transformando-se no líder espiritual do Paquistão, a nação criada a partir da divisão da Índia britânica, nove anos após sua morte. O aniversário de Iqbal é celebrado como feriado nacional no Paquistão e também é reverenciado na Índia. Seu poema "Canção da Índia" se tornou o hino extraoficial desse país e foi recitado no espaço sideral pelo primeiro astronauta indiano, enquanto ele orbitava pelo subcontinente em 1984. No Afeganistão, Iqbal é citado por todos, desde os Talibãs até as feministas e os ativistas democráticos. No Irã ele é conhecido como o “Iqbal de Lahore” e é aclamado pela beleza de sua poesia e pelo seu amor à língua persa. Por todo o sul asiático, eruditos citam Iqbal como os americanos citam Walt Whitman ou Robert Frost. Então quem foi esse homem, e como ele se tornou mundialmente aclamado, mesmo entre povos que frequentemente se atacam uns aos outros?
allama iqbal stamps society

O jovem Muhammad se interessava por música e poesia. Ele se divertia ao trazer para sua casa canções populares que ouvia no mercado, para fazer paródias em shows improvisados. Na escola, ele dominava as habilidades clássicas pertinentes à a escrita de poesias, tais como "arooz" (a ciência da métrica) e "abjad" (a numerologia dos versos). Ele escreveu cronogramas (tipo de produção literária onde letras específicas se referem a uma determinada data quando reorganizadas), compôs "ghazals" (dísticos rimados) e aprendeu a tocar a cítara.

Aos 18 anos, ele se mudou para Lahore para estudar filosofia, literatura inglesa e árabe no Government College. Naquela época, Lahore era uma cidade multicultural de siques, hindus e muçulmanos. A elegante e extravagante mistura da arquitetura mongol com a vitoriana fez dela uma cidade cheia de atmosfera e de surpresas. Vez ou outra, Lahore foi um centro de música, de poesia e de artes. As "Mushairas" (récitas abertas ao público), realizadas no portão Bhati, atraíam poetas iniciantes e todo tipo de amantes da poesia, até mesmo aqueles que não podiam ler ou escrever. Foi ali que Iqbal conquistou sua primeira platéia. Ele escrevia em urdu, uma língua da Índia, que podia ser compreendida pelos que falavam hindi e vice-versa. O urdu foi desenvolvido há séculos atrás para ser a língua franca entre os invasores turcos e persas e o povo por eles conquistado.

Um poema em particular tornou-o famoso no país: o patriótico "Canção da Índia", com sua mensagem de harmonia comunitária.

Nossa Índia é melhor do que o mundo todo.
Somos rouxinóis e este é o nosso jardim.
Aquela montanha mais alta,vizinha dos céus,
é nossa sentinela, é nossa protetora.
Mil rios brincam em seu colo,
jardins eles sustentam, somos a inveja do céu.
A fé nos ensina a não guardar mágoas entre nós.
Somos todos indianos e a Índia é a nossa pátria.

uando Iqbal obteve seu diploma de bacharel, ele já falava seis línguas — punjabi, urdu, persa, árabe, inglês e sânscrito — três delas bem o suficiente para poder escrever literatura de classe mundial nessas línguas. Ele também lia avidamente os livros de filosofia, literatura, história e economia da biblioteca de Lahore e já dominava a música clássica persa.

suchit nanda / majority world
No centro de Lahore, capital do Paquistão, a “Torre do Paquistão” (Minar-e-Pakistan) fica no centro do parque Iqbal.

Em 1905, Iqbal deixou a Índia para estudar filosofia na Inglaterra, no Trinity College em Cambridge, além de estudar direito no Lincoln’s Inn em Londres. Em Cambridge, ele foi tutelado por John McTaggart, um discípulo de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o filósofo mais influente da Europa. Para poder estudar Hegel em sua língua original, a alemã, Iqbal foi a Heidelberg em 1907. Ele se apaixonou pela romântica cidade universitária. E também se apaixonou por sua jovem e bela professora de alemão, Emma Wegenast. O relacionamento deles era casto, mas pelas cartas que eles trocaram ao longo de três décadas, não resta dúvidas de que ele gostava muito dela. Em uma das cartas, ele escreveu: “Pra mim é impossível esquecer seu lindo país, onde tanto aprendi. Eu gostaria de poder vê-la mais uma vez em Heidelberg e de lá faríamos juntos uma peregrinação para o túmulo sagrado de Goethe, o grande mestre”. Os dois nunca fizeram essa viagem, mas a admiração que Iqbal tinha por Goethe nunca diminuiu.

Aos 28 anos de idade, Iqbal ficou surpreendido com a riqueza das bibliotecas e museus da Europa. Ele leu manuscritos raros de pensamentos muçulmanos clássicos, os quais o inspiraram a escrever sua dissertação sobre o desenvolvimento da metafísica na Pérsia. Ele traçou a continuidade lógica do pensamento persa desde Zoroastro até o fundador da fé Baha’i no século XIX, o que lhe rendeu o título de doutor pela Universidade Ludwig Maximilians de Munique.

Em 1908, ele voltou para Lahore e começou a ensinar filosofia e literatura inglesa no Government College, e a advogar na Suprema Corte. Dali em diante, ele ganhava seu sustento com a advocacia e sua fama com a filosofia e a poesia.

A partir da esquerda: allama iqbal stamps society (2), pesquisa de fotos
Em 1977, selos, uma nota de 100 rúpias e uma moeda foram lançados em comemoração ao centenário do aniversário de Iqbal.

Sua mãe faleceu em 1914. Durante seu luto, ele lhe escreveu a seguinte elegia, que tocou a todos os indianos:

Quem esperaria ansiosamente por mim no meu lugar de origem?
Quem ficaria inquieta se minha carta não chegar?
Eu visitarei seu túmulo com esta reclamação:
Agora quem pensará em mim em suas orações da meia noite?
Durante toda a sua vida, seu amor me serviu com devoção;
Agora que estou apto a lhe servir, você partiu.

a Europa, Iqbal começou a escrever seus trabalhos de filosofia em persa e a ter mais audiência. Ele continuou com "The Secrets of the Self" (1915) e "The Mysteries of Selflessness" (1918), que combinam o conceito super-homem de Friedrich Nietzsche com a poesia e a filosofia de Jalal al-Din Rumi. Nesses trabalhos, ele formulou seu conceito de "eu", a faísca divina presente em cada ser humano desde Adão. O objetivo legítimo do homem, segundo ele, seria fortalecer o "eu"; qualquer comportamento que implique o aviltamento e a perversão da personalidade humana enfraquece o eu. A fonte do sucesso não estaria invasão do espaço alheio; mas sim no fortalecimento de si mesmo. Os dois trabalhos lhe renderam o título de cavaleiro ("Sir") em 1923, mas o título honorífico mais relacionado ao nome de Iqbal não é esse, e sim o de allama, cujo significado literal é “grande erudito”.

Em sua coleção de poesias "The Call of the Marching Bell", de 1924, Iqbal ressaltou que Deus criou o universo para o homem e não o contrário. Portanto, ponderou Iqbal, o homem não deveria ser o escravo do universo, mas sim seu mestre. Dessa forma, o dever de um muçulmano era descobrir as leis da natureza por meio da observação e da experimentação e empenhar-se para entender tudo o que há na Terra. Qualquer que fosse o conhecimento que os sentidos de um homem descobrissem sobre a natureza, ele seria resultado da vontade de Deus. Isso levou Iqbal a concluir que não havia conflito entre a ciência europeia e o islamismo.

Esquerda: faseeh shams / drik, Direita: international iqbal society
Esquerda: Em 2003, o Paquistão renomeou o aeroporto de Lahore em homenagem a Iqbal. Direita: Este retrato de Iqbal com seu filho Javed é de 1920, aproximadamente. Ele foi o autor de dois livros de filosofia e alguns anos depois ele entraria para a política.

Os escritos de Iqbal frequentemente se prendiam às glórias do passado da civilização islâmica, mas isso nunca fez com que ele deixasse de levar em consideração a sabedoria e as ideias de outras culturas e sociedades. Nenhum outro pensador muçulmano tinha tanta familiaridade com os escritores e filósofos ocidentais como ele. Iqbal mostrava uma notável perspectiva internacional ao elencar o conjunto de estrelas da literatura a quem ele devia tanto:

Eu devo muito a Hegel, Goethe, Mirza Ghalib, Mirza Abdul Qadir Bedil e Wordsworth. Os dois primeiros me direcionaram para o "interior" das coisas; o terceiro e o quarto me ensinaram como continuar sendo oriental no espírito e na expressão depois de ter assimilado ideais estrangeiros de poesia e o último me salvou do ateísmo em minha época de estudante.

Nesse panteão, Goethe estava no topo ou muito perto dele. “Apenas quando eu percebi a infinidade da imaginação de Goethe”, Iqbal escreveu, “eu descobri a limitação da minha”. Entre os trabalhos de Goethe, o mais importante para Iqbal foi o "The West-Eastern Divan", uma coletânea de poesia lírica em estilo persa que consistia em parábolas, alusões históricas e poemas com inclinação religiosa que tentam aproximar o oriente do ocidente. Goethe lamenta que o ocidente tenha se tornado tão materialista e convoca o oriente para transmitir uma mensagem de esperança e ressuscitar os valores espirituais. A resposta de Iqbal para Goethe foi o seu "Message of the East" (isto é, Mensagem do Oriente), poemas persas e undus, publicados em 1923 e 1924.

Yousaf Khan (3)
Esquerda: Na parede externa da casa onde ele residiu em Heidelberg, na Alemanha, há uma placa que diz: “Mohammed Iqbal, 1877-1938, filósofo nacional, poeta e pai intelectual do Paquistão, morou aqui em 1907”. Direita: Não muito distante dali, o bulevar que leva seu nome segue ao longo do rio Neckar de Heidelberg.

Em um poema, “Dialogue between Man and God”, Iqbal afirmou que o universo não está completo e sim em um processo constante:

Você criou a noite e eu, a lâmpada.
Você criou a argila, eu fiz dela um copo de vinho.
Você criou desertos, montanhas e terras devolutas.
Eu os transformei em pomares, jardins e canteiros de flores.

m outro, “The Wisdom of the West”, Iqbal atacou a brutalidade mostrada pelas potências europeias na Primeira Guerra Mundial. Um homem que morreu de forma dolorosa e desastrada pede a Deus que Ele refaça o treinamento do Anjo da Morte:

O Ocidente desenvolve novas habilidades maravilhosas
Nesse e em vários outros campos.
Seus submarinos são crocodilos;
Seus bombardeiros fazem chover destruição dos céus;
Seus gases também tornam os céus escuros,
Eles cegam os olhos do céu, que tudo vê.
Envie este Velho Tolo para o Ocidente
Para aprender a arte de matar melhor - e mais rápido.

faseeh shams / drik
A última casa de Iqbal em Lahore hoje abriga um museu que atrai visitantes de todo o país e do sul da Ásia.

Seguindo os costumes locais, Iqbal casou-se aos 16 anos com a filha de um médico de Gujarati. O casamento foi infeliz e acabou em divórcio. Em 1913, ele casou-se novamente e dessa união nasceu seu filho Javed. Alguns dos trabalhos mais amados de Iqbal são endereçados a seu filho, incluindo o "Javed Nama" ("The Book of Javed", de 1932) e esses dísticos de "Gabriel’s Wing":

Não observe apenas os artesões do ocidente,
Procure sua sustentação no que sua terra lhe proporciona.

Meu estilo de vida é a pobreza e não a busca pela riqueza;
Não mude quem você é; ganhe um nome na adversidade.

aved seguiu os conselhos de seu pai, tornando-se um reconhecido advogado e juiz paquistanês. Quanto ao primeiro verso do segundo dístico, Javed falou o seguinte sobre as finanças da família na biografia de quatro volumes que ele escreveu sobre seu pai:

“Sempre nos faltava dinheiro. Minha mãe queria comprar uma casa ao invés de sempre alugá-las, então ela queria que meu pai levasse a advocacia a sério. Eu ainda me lembro de minha mãe chorando e reclamando que enquanto ela trabalhava como uma serviçal, meu pai ficava deitado no sofá, escrevendo poesias. Quando era censurado dessa forma, meu pai sorria, embaraçado.”

Iqbal preocupava-se cada vez mais com a situação da minoria muçulmana em uma Índia prestes a se tornar independente. Ele entrou para a política e foi eleito para o Conselho Legislativo de Punjab em 1926. Em 1930, ele tornou-se presidente da Liga Muçulmana para Toda a Índia em suas sessões em Allahabad e descreveu como ele vislumbrava a criação de áreas majoritariamente muçulmanas na Índia em seu discurso presidencial de 29 de dezembro de 1930:

Eu gostaria de ver o Punjab, a província da Fronteira Noroeste, Sind e Baluchistan se fundirem em um único Estado. A autonomia dentro ou fora do império britânico, a consolidação de um estado muçulmano no noroeste da Índia me parece ser o destino dos muçulmanos, pelo menos para aqueles que vivem no noroeste da Índia.

Esse discurso é tido como o nascimento da ideia do Paquistão, ainda que Iqbal não exigisse um estado muçulmano independente, apenas um com autonomia:

O princípio da democracia europeia não pode ser aplicado à Índia sem que os grupos comunitários sejam reconhecidos. A criação de uma Índia muçulmana dentro da Índia é, portanto, uma exigência perfeitamente justificável, inspirada no nobre ideal de harmonia global que, ao invés de abafar as individualidades dos seus componentes, dá-lhes a chance de trabalhar de forma plena suas possibilidades latentes... Para a Índia, isso significa segurança e paz, resultado do balanceamento do poder interno. Para o islamismo, uma oportunidade de mobilizar suas leis, sua educação, sua cultura, e de aproximar-se tanto de seu espírito original quanto do espírito da modernidade.
Esquerda: international iqbal society, Direita: alexander lunde (2)
Um retrato não datado de Iqbal em seus últimos anos de vida. Uma de suas frases veio a se tornar um aforismo político muito citado: “As nações nascem nos corações dos poetas; prosperam e morrem nas mãos dos políticos.” Direita: Em Portugal Place, em Cambridge, uma placa celebra o local de sua residência universitária (1905-1906).

Em 1931 e 1932, Iqbal representou os muçulmanos indianos nas Conferências Anglo-Indianas em Londres sobre o futuro político da Índia. Um de seus dizeres políticos mais citados foi: “As nações nascem nos corações dos poetas; prosperam e morrem nas mãos dos políticos.” Nessa e em outras viagens para a Inglaterra ele geralmente dedicava parte do tempo para ir a Cambridge e falar com os estudantes do Trinity College.

Depois de deixar a Inglaterra, em 1932, ele foi para a Espanha para rezar na antiga Grande Mesquita de Córdoba e para o Afeganistão, onde ele compareceu às reuniões que marcaram a fundação da Universidade de Kabul. Quando voltou para casa, ele começou a sofrer de uma misteriosa doença na garganta Em meados da década de 30, sua saúde tinha deteriorado tanto que ele precisou declinar uma série de palestras em Oxford.

Mas ele não largou sua caneta e compôs os versos abaixo alguns dias antes de sua morte:

A melodia do falecido pode voltar, ou não!
O vento leve do oeste de Hijaz pode soprar novamente, ou não!
Os dias desse faquir (homem pobre) chegaram ao fim;
Outro profeta poderá chegar — ou não!

qbal faleceu em Lahore, nas primeiras horas do dia 21 de abril de 1938, levando a uma efusão de luto por todo o subcontinente. Dentro de horas, indianos de todas as fés cercaram sua casa. Uma sepultura foi logo aberta para ele em solo santificado entre a Mesquita Imperial da era mongol e o Forte de Lahore. Naquela tarde, os suplementos dos jornais que falavam sobre sua vida começaram a surgir. À noite, uma procissão funerária de 20.000 pessoas percorreu as ruas de Lahore. Quando ela passou por um orfanato, as crianças baixaram bandeiras pretas que elas seguravam em suas mãos em sinal de respeito: "The Cry of the Orphan" tinha sido o primeiro longo poema de Iqbal a fazer sucesso, escrito quase 40 anos antes. Às 21h45, 50.000 pessoas fizeram silêncio enquanto seu corpo era enterrado.

No centenário de seu nascimento, em 1977, procissões marchavam pelo país, enfeitadas com flores. Seu retrato e seus versos mais amados foram pendurados em prédios públicos. A última casa de Iqbal em Lahore é um museu hoje em dia. Ele atrai visitantes de todo o sul da Ásia e de mais além. Marcadores históricos indicam os locais onde Iqbal viveu em Cambridge e Heidelberg. As duas casas são próximas dos rios das respectivas cidades, o Cam e o Neckar, ao longo dos quais ele adorava caminhar contemplativamente. O caminho ao longo do Neckar hoje leva seu nome: "Iqbal-Ufer", ou "Iqbal Bank". E seu poema “An Evening on the Banks of the River Neckar” está gravado em um memorial perto do rio:

A caravana de estrelas
Segue sem qualquer som ou sussurro;
Montanha, floresta, rio,
Tudo está calmo;
A natureza parece estar contemplativa.
Oh coração, você também, acalme-se.
Guarde o sofrimento em seu peito e durma!

Graham Chandler

Gerald Zarr (zarrcj@comcast.net) é escritor, palestrante e consultor de desenvolvimento. Na qualidade de oficial do Serviço Estrangeiro dos EUA, ele viveu e trabalhou mais de 20 anos entre Paquistão, Tunísia, Gana, Egito, Haiti e Bulgária. Ele é o autor de "Culture Smart!" "Tunísia: A Quick Guide to Customs and Etiquette" (Kuperard, 2009).

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--Os Editores


 

This article appeared on page 18 of the print edition of Saudi Aramco World.

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